sábado, 2 de abril de 2011

EXTRANHOS VISITANTES.NA BIBLIA


1-Vejamos o que a Bíblia Sagrada nos mostra:
"Um dia, tendo conduzido seu rebanho para o deserto
chegou ao Monte de Deus, Horeb, o..

Senhor ali apareceu em uma chama de fogo, do meio de uma sarça, Moisés via a sarça arder, sem se consumir." (Êxodo)
Nesse encontro com Deus, Moisés estava diante de uma luz, já que a expressão "sarça arder sem se consumir" exclui "fogo". 

*Seria uma nave profusamente iluminada? 

2-Mas vejamos outros encontros que teve com Deus no Monte Sinai:

"Já chegava o terceiro dia e a manhã estava brilhando
Eis que começou a ouvir um estrondo de trovões, e relâmpagos apareceramUma nuvem densíssima cobria o monte, um soar de trombetas se fazia ouvir com estrépito 
e o povo que estava nos acampamentos experimentou um grande medo. Moisés conduziu-os para fora do acampamento ao encontro de Deus, e eles pararam ao pé do monte
Todo o Monte Sinai fumegava, porque o Senhor baixara sobre ele no meio de chamas; O fumo subia como se fora de uma fornalha e o monte inteiro incutia pavor."(Êxodo)Experimente ler o texto novamente e trocar a palavra "Senhor" por "nave".

Estaria Moisés diante do pouso de uma grande nave, ouvindo o barulho de seus motores, vendo sua fantástica iluminação e o fogo que saia de seus jatos propulsores, que chegavam a incendiar o solo do monte, provocando fumaça. ?

E raciocine, isso aconteceu há mais de dois mil anos. Ali, Moisés ficou por 40 dias e 40 noites, sendo instruído para guiar o povo hebreu. Recebeu os "Dez Mandamentos", gravados em pedras, 

e enquanto isso o povo não podia aproximar-se do monte, veja:
"Desce e avisa ao povo para que não ouse ultrapassar os limites para ver o senhor, para que não morra um grande numero deles."

É claro que aqueles seres tinham medo da multidão, que poderia até danificar a nave. E, ademais, não queriam ser percebidos como seres físicos, daí é que somente Moisés entrava em contato direto com eles

 Vejamos outros textos bíblicos que nos mostram naves:

"O Senhor precedia-os para ensinar-lhes o caminho, de um dia, numa coluna de nuvens e à noite, numa coluna de fogo, a fim de lhes servir de guia dia e noite."
"O anjo do Senhor que precedia os bandos de Israel levantou-se para chefiar os grupos que iam atrás dele; Moveu-se com ele a coluna de nuvens, que estava à frente e seguiu atrás do povo, entre o campo egípcio e aquele de Israel, a nuvem era escura em um lado, mas do outro iluminava."

OVNIs guiando o povo hebreu, durante o dia com suas luzes apagadas e à noite acessas, nuvem e coluna de fogo. Daí, por esse motivo, é que a "nuvem era escura em um lado, mas do outro iluminava". Especulando, podemos dizer que seria um holofote dirigido para a frente.

Ezequiel teve um contato onde ele descreve o seguinte:
"Eis que um vento de tempestade vindo do norte e uma grande e espessa nuvem com fulgurações de um fogo todo resplandecente; E ela encerrava uma espécie metal brilhante, que estava completamente inflamado.

Tinham também a semelhança de quatro seres vivos e eis qual era o seu aspecto: Pareciam-se homens. Cada um possuía quatro faces e quatro asas. As suas pernas, bem verticais, tinham cascos de bovinos e cintilavam como bronze polido (...)
E tais eram seus rostos. As suas asas estavam desdobradas, duas unindo-se em cima e duas cobrindo-lhes o corpo. Cada um andava em frente; Aonde o espírito lhes ordenava que fossem, elas iam; Não se viravam ao caminhar. E quando a estas criaturas vivas, dir-se-ia serem carvões em brasa ardendo como tochas e isso circulava entre os viventes, em fogo deslumbrante, e do fogo saíam clarões. E as criaturas vivas corriam em todos os sentidos, qual a faca.
Eu olhava para os viventes e eis, no solo, uma roda junto deles, sobre as suas quatro faces. O aspecto das rodas e sua matéria eram como tarxixe e todas as quatro eram parecidas; O seu aspecto e a sua estrutura eram como uma roda enganchada numa (outra) roda. (...)
Quando as criaturas vivas andavam, as rodas giravam também, ao lado delas, e quando as criaturas vivas se elevaram da terra, as rodas elevaram-se também. Para onde o espírito as impelia, elas iam, o espírito empurrando-as e as rodas elevando-se com elas; E quando se elevavam da terra, as rodas elevavam-se igualmente, porque o espírito de cada vivente estava nas rodas. Por sobre a cabeça das criaturas vivas havia como que um firmamento semelhante a um cristal cintilante, estendido por cima de suas cabeças.
E sob o firmamento erguiam-se suas asas uma contra a outra e cada qual tinha duas que lhe cobriam o corpo. E ouvi as suas asas ressoarem quando andavam, qual o ruído das grandes águas, qual o trovão do Todo Poderoso, qual o túmulo de um exército; Quando paravam, deixavam pender as asas e ouvia-se um ruído, que partia do firmamento estendido por sobre suas cabeças.
Por sobre o firmamento, que estava por cima de suas cabeças via-se como que uma pedra de safira, assemelhando-se a um trono; E sobre essa semelhança de trono parecia surgir um semblante de homem. No interior e por fora, vi como que metal brilhante, com aspecto de fogo, resplandecendo tudo ao redor."
A narração de Ezequiel, de onde extraímos os textos principais, nos mostra que ele teve um contato com uma nave. Ele fala claramente nas suas luzes, seu sistema de propulsão, cúpula ou grandes janelas transparentes e a tripulação dentro da nave. É claro, isso numa linguagem como ele podia conceber naquela época, já que até um simples automóvel seria para Ezequiel uma aparição divina, ainda mais um OVNI. Ele também fala do ruído dos motores da nave, nas escotilhas da mesma e quando cita asas ele claramente nos mostra que o engenho podia voar. Não há duvida que 


Teria Ezequiel  tido contato com um engenho oriundo de outros planetas.?


São João, no Apocalipse, nos descreve um anjo que tinha olhos como labaredas e outro com um rosto como o sol e os pés como colunas de fogo.


Muitos outros termos que nos levam aos OVNIs são citados na Bíblia, tais como:
"tronos de fogo" , "braseiros consumidores" e "rios que jorram em montes de fogo".

Os livros de Enoque e Esra, que não figuram na lista de obras canônicas, também nos trazem contatos com seres de outros planetas. No livro de Reis, encontramos o seguinte:

"Continuando seu caminho entretidos a conversar, eis que de repente surge um carro de fogo, e uns cavalos de fogo, que os separam um do outro. E Elias  subiu ao céu num turbilhão."

O texto nos dá a entender que Elias subiu ao espaço à bordo de uma nave, "um carro de fogo".?

Com Ezequiel também aconteceu um fato semelhante, vejamos:
"(...) aparência de fogo, resplendor com brilho de âmbar. Aquilo o levantou entre a terra e o céu e nas visões de Deus o levou a Jerusalém."

Daniel também teve seu encontro com um OVNI e o descreveu: " (...) Daniel, próximo ao rio Tibre,
 viu o Senhor: Era como berilo, com aparência de relâmpagos, olhos como lâmpadas de fogo e seus braços e pés de cor semelhante a cobre polido e som de suas palavras como uma multidão."

"Levantei de novo os olhos e eis que havia rolo que voava, o qual tinha 200 côvados de comprimento e 10 côvados de largura." (Zacarias - Liv. 1 - 5.1.-2.) Seria um charuto?

"Parou, pois, o sol no meio do céu e não se apressou a por-se durante o espaço de um dia." (Livro de Josué) 

A Bíblia Sagrada diz-nos: " Entrementes os homens haviam se multiplicado na terra e lhes tinham nascido filhas. Os filhos de Deus vendo a beleza das filhas dos homens tomaram por esposas aquelas que mais lhe agradaram." (Gênesis)

"E havia naquele tempo gigantes sobre a terra e os houve também depois que os filhos de Deus se uniram às filhas dos homens e destas nasceram filhos; são estes os heróis famosos desde o tempo antigo." (Gênesis)

O Nihongi, Japão, descreve-nos seres divinos que desceram do céu, em "barcos celestiais", e se uniram às filhas dos homens. E também nos falam de uma "ponte celestial ou flutuante" entre o céu e a terra.

O Bundhasvamin Brihat Katha Shlokasanigraha, um antigo romance do Nepal, narra contos de seres divinos descendo do céu e seduzindo as mulheres e guerreando em seus "carros voadores".

Na Índia, o Rig Veda os conta histórias sobre "seres celestiais" que desciam à Terra para amar ou fazer guerra. O mesmo encontramos no Ramaiana, também da Índia, pois fala de histórias de seres do espaço com mulheres do nosso planeta.


Posteriormente, os seres extraterrestres que nos visitavam passaram a uma segunda fases nas suas missões na Terra. Começaram a dar a humanidade noções de justiça, moral e ordem. Mas os homens daquela época não podiam conceber engenhos voadores, daí vermos em textos antigos a expressão: "O céu se abriu ". Imaginavam que atrás do céu, no espaço, estaria a morada de Deus, inacessível ao homem. 

Os egípcios acreditavam que o faraó era um ser divino e Manetho, Sacerdote de On, no Aegyptica, diz que os primeiros reis eram deuses. O Shan-hai-ching nos fala de uma raça humana dotada de asas, chamadas Miao que por volta de 2.400 AC perdeu a capacidade de voar, depois de se desvair com o Senhor do Alto, foi exilada. Seria uma lembrança da expulsão do primeiro homem do Paraíso?

Os índios Hopis, dos Estados Unidos, acreditavam que seus ancestrais vieram de outros planetas

Os Navajos e Sunis, também dos Estados Unidos, veneravam deuses louros e acreditavam em outros mundos no cosmo

O "Thunderbird" (Pássaro Trovejante) é uma lenda entre muitas tribos da América do Norte.


Os Noothaus falam da visita de um deus que veio numa "canoa de cobre",

e os Pawnees, em um ser que brilhava com estranhas radiações. 

Quetzalcoaltl fez maravilhas no México

e os Maias os chamavam de Kukulkan,

os quichuas da Quatemala, de Gucumatz e no Peru foi conhecido como Viracocha,

 na Colômbia como Bochica e os Polinésios, de Wakee. Os índios Machiguengas do Peru falam no "povo de céu" que veio por uma "estrada brilhante".

O Livro dos Mortos, do antigo Egito, nos fala em "legiões no céu", "espíritos da luz" e "seres brilhantes". 

Pandoro escreveu, em 400 AC, sobre os Egregori (guardas-anjos) que desceram à Terra no ano cósmico 1.000. Osíris, Isis e Hórus eram representados como disco solar, como também eram comuns os barcos solares egípcios.

Na América do Sul existem centenas de lendas que nos falam de seres que desceram do céu e viveram entre os índios. No Brasil, temos o Bacororo e Baitagogo, dos índios Bororós. Os Kadweus, do Mato Grosso, falavam de Karana. Os Caiuás tinham o Baira, porém o Guaricana era um ser sagrado que vinham curar os enfermos. Jupari foi um dos deuses indígenas brasileiro mais cultuados. Mas, quando o homem branco chegou, para catequizá-los, transformaram-no em um "espírito do mal". Os índios diziam que Jupari era filho de Ceuci, nome que davam as Plêiades.

Sumé também foi outro deus civilizador das tribos brasileiras e diziam que sua morada sagrada era Itaoaoca.
 O Dr. João Américo Peret colheu entre os índios a lenda de Bebgororoti, Era um ser que vestia o Bo (traje) e levava à mão a Kob (arma). Viveu entre os índios e quando foi embora, na serra de Punkato-Ti, ouviu-se um grande estrondo e Bebgororoti desapareceu nos ares, envolto em fumaça, chama e trovão. E o mais interessante é que quando os índios relembram Bebgororoti, fazem uma roupa que se assemelha a dos astronautas atuais em suas festividades.

Além da presença marcante de deuses físicos em toda a história da humanidade, os OVNIs também foram denominados de aves, répteis e animais voadores, principalmente pelos indígenas. Tivemos Boitat , Mbai-Tat (cousa de fogo), Mboi-Guaçú (cobra grande), Nhandutat (passaro de fogo - "Thunderbird"), Carbúnculo (lagarto de fogo), etc... tudo isso no folclore brasileiro.

 Já os civilizadores os situaram no campo sobrenatural e criaram Mãe do Ouro, fantasmas, luzes fantasmas, Fogo Corredor, Curacanga, Mulher de branco, Alamoa, João Galáfuz e dezenas de outros mitos, por todo o território brasileiro. 

No início do século, criou-se uma denominação interessante para os OVNIs, a do Carro Fantasma. Um veículo que assombrou muita gente nas estradas intermunicipais.

Na história universal, encontramos milhares de relatos que nos falam sobre os OVNIs no correr dos milênios. No entanto, apesar de se fazerem presentes na história de todos, muitos não crêem na sua existência. E se assim o fazem é porque querem ainda considera-los como oriundos do céu, divinos.

Deus não é um astronauta, porque que  é o criador de tudo que existe.
e não  precisaria  de naves para vir ao nosso planeta.

dai nos perguntamos quem são estes que aqui estiveram?
http://iseu2011.blogspot.com/2011/03/extranhos-visitantes.html

O PROBLEMA DAS IDADES DO GÊNESIS

Você Sabia?
Que os mesopotâmicos registraram idades tão surpreendentes quanto as registradas no livro de Gênesis? Veja no quadro abaixo o tempo de reinado de 10 reis mencionados no prisma dinástico de Weld, escrito em 2.170 a.C.:
Alulim - 28.000 anos;
Alamar – 36.000;
Emenluana – 43.000;
Kichuna – 43.000;
Enmengalana – 28.000;
Dumizi – 36.000;
Sibziana – 28.000;
Emendurana – 21.000;
Uburratum – 18.000;
Zinsudu – 64.000.

Há duas maneiras de interpretar o registro dessas idades tão avançadas. Teólogos maisconservadores afirmarão ser essa uma prova de que o registro bíblico de idades centenárias como a de Matusalém (969 anos) deve ser considerada como literal. Henry Halley, por exemplo, indaga o seguinte:

"De onde vieram essas tradições, se não do fato de os
primeiros homens realmente viverem muito?
"[1].

Outros estudiosos afirmarão justamente o contrário. Idades tão avanças seriam uma maneira que acentuar a importância de homens que se destacaram na antiguidade. O prisma dinástico de Weld seria uma prova de que o exagero das idades era uma prática comum na época, já que é impossível conceber uma pessoa vivendo64.000 anos!

Espero que você mesmo possa decidir entre essas duas opiniões!

Nota:
[1] HALLEY, Henry H. Manual Bíblico: um comentário abreviado da Bíblia, 1963, p.71.

Figura:
Prisma Dinástico de Weld
Escavado por Weld-Blundell Expedition, 1922.
Museu Ashmoleano de Oxford

ESTUDIOSA AFIRMA: O GETSÊMANE NÃO ERA UM JARDIM, MAS UMA CAVERNA


ESTUDIOSA AFIRMA: O GETSÊMANE NÃO ERA UM JARDIM, MAS UMA CAVERNA

O Evangelho de Marcos descreve Jesus e os discípulos indo para o Monte das Oliveiras após a última ceia. Eles atravessam o vale de Cedron e param para orar num local chamado Getsêmane (Mc 14,32), que significa “prensa do óleo”. Joan E. Taylor, pesquisadora na área de história e arqueologia da religião no Mediterrâneo Oriental durante os períodos helenístico e romano, destaca que nem Marcos e nem Mateus se referem ao local como sendo um jardim, mas apenas como propriedade ou simplesmente lugar. Mas João 18,1 fala que Jesus entrou em uma área cultivada (kepos), talvez um jardim. Acontece que o texto de João parece indicar que Jesus saiu (ep' auton) de dentro que algo que ficava no jardim após a chegada de um grupo de pessoas que queriam prendê-lo. A palavra “sair” não pode estar se referindo ao recinto do jardim, já que sua prisão ocorreu neste local. Mas afinal, Jesus saiu de onde?

Para Joan E. Taylor Jesus saiu de uma caverna que ficava dentro de um local cultivado no Monte das Oliveiras. As evidências para essa teoria estariam no fato dos discípulos terem dormido no local (um recinto coberto seria mais adequado), no costume de se construir prensas de azeite em cavernas e nos relatos de peregrinos cristãos dos primeiros séculos, que relataram a presença de presas de óleo subterrâneas localizadas no Monte das Oliveiras. 


O LIVRO APÓCRIFO-ENOQUE

Por Jones Mendonça


Um dos livros apócrifos mais fascinantes é sem dúvida o livro de I Enoque (ou Enoque etíope), geralmente datado para o século II a.C. Este livro foi redigido originalmente em aramaico, mas a única versão disponível hoje está em etíope. Escrito em linguagem apocalíptica, entre 170 e 64 a.C., o livro carrega algumas semelhanças com oApocalipse de João, cuja composição se deu mais de dois séculos depois. Abaixo um trecho do livro que descreve o nascimento deNoé:
Depois de alguns dias, meu filho Matusalém escolheu uma mulher para seu filho Lamech; ela engravidou e deu à luz um menino. O seu corpo era branco como a neve e vermelho como uma rosa, os cabelos da sua cabeça eram como a lã e os seus olhos como os raios do sol. Quando abriu os olhos encheu a casa de luz como o sol, e toda ela ficou muito iluminada (I En 106,1).
Outra parte bastante interessante do livro são os capítulos 6 a 16, que narram a queda dos anjos após desobedecerem a Deus acasalando-se com as mulheres humanas. Tudo começa comSemjaza, um anjo disposto a pagar o preço por sua desobediência. Ele relata seu desejo aos demais anjos, que decidem segui-lo no plano. Semjasa é acompanhado por mais dezoito anjos, que por sua vez chefiam, cada um, outros dez. Após levarem a cabo o plano, problemas inusitados começam a surgir:
Elas [as mulheres humanas] engravidaram e deram à luz a gigantes de 3.000 côvados de altura. Estes consumiram todas as provisões de alimentos dos demais homens. E quando as pessoas nada mais tinham para dar-lhes os gigantes voltaram-se contra elas e começaram a devorá-las (I En 6,2).
Mas os problemas não param por aí. Os anjos rebeldes transmitem seus conhecimentos aos homens, tais como a astrologia, ametalurgia, a ciência da confecção de cosméticos, as fases da lua, a feitiçaria, etc. Tais conhecimentos causam muitas guerras e o homem chega perto da aniquilação.

Após ouvirem o clamor dos homens e virem todas as desgraças causadas pelos anjos rebeldes, MiguelUrielRafael e Gabrielrelatam o problema ao “Senhor dos mundos”, que decide purificar a terra com um dilúvio e punir os anjos perversos lançando-os num abismo de fogo.

O livro é fruto de uma tentativa de preencher uma lacuna existente no capítulo seis do livro do Gênesis:
“viram os filhos de Deus (hb. bney haelohim) que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” (Gn 6,2).
No relato do livro de Enoque os bney haelohim (filhos de Deus) são os anjos e a decisão de Deus de destruir a terra (Gn 6,7) é provocada por esse episódio.

Resquícios da história contada neste livro são percebidos na epístola deJudas (Jd 14, s).

O APÓCRIFO DE II ENOQUE, OU ENOQUE ESLAVO (RESUMO)

 Por Jones Mendonça

Publiquei aqui no Numinosum um pequeno trecho o livro de I Enoque, que narra de maneira fantástica onascimento de Noé e a queda dos anjos rebeldes.

Outro livro cujo autor utiliza o pseudônimo de Enoque é o Livro dos segredos de Enoque, também conhecido como II Enoque ou Enoque eslavo. Apesar de ter sido escrito em grego, só nos resta uma versão eslava. Este segundo livro relata a viagem de Enoque até o décimo céu, onde “está Deus, [que] na língua hebraica [...] é chamado Aravat” (II En 20,3). A viagem é iniciada após Enoque ser visitado por dois homens “extraordinariamente grandes”, cujas “faces resplandeciam como o sol” e cujos olhos “eram como chama” (II En 1,6). Após despedir-se de sua família, Enoque é inicialmente levado pelos homens ao primeiro céu em suas asas, que eram “mais brilhantes que o ouro” (II En 3). Cada um dos céus possui uma particularidade especial. Seguem abaixo as características principais de cada um deles:

  • 1° céu – Enoque vê os anjos que trabalham na ordenação das estrelas, nos depósitos de neve e na tesouraria do orvalho. O primeiro céu é uma espécie de “casa de máquinas” do mundo, cujos trabalhadores são os anjos (cap. 3-6).
  • 2° céu – Neste local ficam aprisionados os anjos infiéis a Deus, que são torturados e choram incessantemente. O príncipe desses anjos fica acorrentado no quinto céu (cap. 7).
  • 3° céu – No terceiro céu fica o paraíso. Nele há um jardim onde Deus descansa, guardado por trezentos anjos muito brilhantes (cap. 8). O terceiro céu é também para onde vão os “que fazem julgamentos justos, que levam pão aos famintos e que cobrem de vestes os nus” (cap. 9).  O norte deste lugar, escuro e tenebroso, é reservado “aos que desonram a Deus”. É para lá que vão os mentirosos, invejosos, opressores dos pobres e fornicadores (cap. 10).
  • 4° céu – No quarto céu Enoque contempla a órbita do sol (que é aceso por cem anjos), e da lua (cap. 11).  Enoque também vê “outros elementos voadores do céu”, que o acompanham na sua órbita, lhe dando calor e orvalho (cap. 12). Por fim ele fala dos seis “postais do sol”, por onde o grande astro passa ao longo do ano (cap. 13, 14 e 15).  O curso da lua, cheio de detalhes numéricos, é descrito nos capítulos 16 e 17.
  • 5° céu – Soldados gigantes e mudos chamados Grigori são vistos no quinto céu. Juntamente com seu príncipe, Satanail, rejeitaram o Senhor da Luz tomando por esposas as filhas dos homens (este curioso episódio é descrito nos capítulo 6 a 16 do Livro de I Enoque).
  • 6° céu – Neste céu ficam os anjos responsáveis pelas estações do ano, dos rios, dos mares e dos frutos da terra. Eles também são incumbidos de anotar todos os feitos dos homens diante do Senhor (cap. 19).
  • 7° céu – No sétimo céu há uma  grande quantidade de arcanjos, querubins, serafins e toda a sorte de ordens angelicais. É lá que fica o trono de Deus.
  • 8° céu – O oitavo céu é chamado de Muzaloth, o que muda as estações, a seca, a umidade e os doze signos do zodíaco, que estão acima do sétimo céu (cap. 21).
  • 9° céu – É chamado de Kuchavim, onde estão as casas celestes dos doze signos do zodíaco (cap. 21).
  • 10° céu – Chamado de Aravoth, é lá que a face do Senhor pode ser contemplada, descrita como sendo semelhante ao “ferro que arde no fogo e que, as sair, emite faíscas e queima” (cap. 22).
Nos demais capítulos (23 ao o 61), Deus conta a Enoque como criou o universo e lhe transmite uma série de ensinamentos. Enoque retransmite esses ensinamentos aos seus filhos. No último capítulo lemos o seguinte:
Ele [Enoque] anotou todos esses sinais de toda a criação, criada pelo Senhor, e escreveu trezentos e sessenta e seis livros, entregou-os a seus filhos e permaneceu na terra trinta dias, sendo novamente levado para o Céu no sexto dia do mês de Tsivan, no dia e na hora exata em que nascera (En 61,3).
A idéia da existência de dez céus estava profundamente enraizada na cultura judaica. Paulo, por exemplo, diz ter ido ao terceiro céu (2 Co 12,2).

RESUMO DE ALGUNS APÓCRIFOS (OU PSEUDEPÍGRAFOS OU EXTRACANÔNICOS) DO ANTIGO TESTAMENTO

Por Jones Mendonça

A quantidade de livros rejeitados pelo cânon judaico e cristão (católicos e protestantes) é bem extensa. Alejandro Diez Macho contabiliza 66 livros[1] (incluindo os fragmentos de obras perdidas). Segundo o gênero literário são classificados da seguinte forma:narrativastestamentossapienciaisapocalípticos e Salmos eorações.

Ainda que muito do conteúdo dos apócrifos seja uma tentativa de preencher lacunas deixadas pelos escritos canônicos, tais como a morte de Moisés, a origem dos demônios e o martírio dos profetas, nem todo o seu conteúdo deve ser encarado como mera fantasia. Judas (Jd 14) cita o profeta Enoque quando diz: “Eis que o Senhor veio [...] exercer o julgamento sobre todos os homens e argüir todos os ímpios...” (citando Enoque 1,9). Também parece citar o apócrifoAssunção de Moisés no versículo 9. O Livro de Hebreus fala de mártires que “foram serrados ao meio” (Hb 11,37) parecendo se referir ao apócrifo Ascensão de Isaías.

Segue abaixo um breve resumo de alguns dos mais conhecidos apócrifos do Antigo testamento:

1 Henoc (séc. II a.C. - I d.C.) – Também conhecido como Enoque Etíope, o livro é formado pela junção de cinco outros livros: O livro dos Vigilantes (caps. 1-36), das Parábolas (caps. 37-71), da astronomia (caps. 72-82), dos Sonhos (caps. 83-90), e o das semanas e Carta de Enoque (caps. 91-105). O livros dos Vigilantes é sem dúvida o mais conhecido. Ele descreve a queda dos anjos após terem se relacionado sexualmente com mulheres humanas (cap. 7). Dessa relação nasceram gigantes de 3.000 côvados de altura que devoravam as pessoas e os animais. Também descreve como Azazel, um dos anjos caídos, ensinou os homens a arte de trabalhar com metais (cap. 8). Há muitos detalhes curiosos no livro, como a descrição de anjos rebeldes pedindo que Enoque interceda e ore por eles (4,6-7), e o nascimento de Noé, que vem ao mundo com o seu corpo “branco como a neve e vermelho como uma rosa, os cabelos de sua cabeça [...] como a lã e os seus olhos como os raios do sol” (106,1)

2 Henoc (final do séc. I d.C.) – Também chamado de “Os Segredos de Enoque”. O livro descreve a viagem de Enoque aos sete céus com um conteúdo apocalíptico cheio de curiosidades sobre a criação do universo, o mundo dos astros, dos anjos e de realidades escatológicas.

Jubileus (séc. II a.C.) – O livro tem esse nome porque a história nele contida é apresentada em períodos jubilares de 7 em 7 anos. O livro dos Jubileus, assim como o livro de Enoque, repete a idéia dos anjos guardiões que tiveram relações sexuais com as mulheres humanas, dando origem aos gigantes.

Vida de Adão e Eva (séc. I d.C.) – O livro possui duas versões, uma grega e outra latina. Escrita originalmente em hebraico, a primeira obra é uma “narração haggádica do tipo midráxico sobre os primeiros capítulos do Gênesis”[2]. A distinção entre alma e corpo está presente na obra, ao contrário do que pensava o judaísmo primitivo. Há no livro uma insistencia na ressurreição de Adão e Eva como fenômeno escatológico dos últimos dias. A versão latina é diferente da primeira em diversos pontos. Numa parte do livro Adão pergunta a Satã o porque de sua maldade. Satã lhe responde que foi expulso do céu por sua culpa, já que Miguel havia exigido que os anjos adorassem o primeiro homem criado à imagem de Deus. Como na versão grega, o livro fala da ressurreição dos mortos nos últimos dias.

Martírio e Ascensão de Isaías (séc. II a.C. - IV d.C.) – O livro se divide em duas partes: o “Martírio de Isaías” e a “Visão de Isaías”. A primeira parte narra a perseguição do rei Manassés ao profeta, principalmente por ter afirmado ter visto Deus (cf. Is 6). Ao se esconder num tronco oco, Isaías teria sido serrado ao meio por ordem do rei. Um trecho do livro de Hebreus (Hb 11,36,37), parece fazer alusão a esse episódio. A segunda parte do livro é uma adição feita por um redator cristão no final do século I ou início do século II. Assumindo o pesudônimo “Isaías”, o autor narra uma viagem que fez aos sete céus.

Oráculos Sibilinos (incluindo todos; séc. II a.C. - VII d.C.) – É uma coleção de oráculos judaicos que imitam os oráculos sibilinos pagãos com o intuito de propagar o pensamento judaico entre os gentios. Segundo Pierre Grelot, a destruição de uma coleção de oráculos atribuídos à Sibila, num incêndio em 82 a.C., motivou os judeus a lançarem uma nova coleção de Livros Sibilinos contendo crenças judaicas numa apresentação popular[3]. A obra na sua forma atual é uma mescla de materiais pagãos, judeus e cristãos.

Referências bibliográficas:
GRELOT, Pierre. Esperança judaica no tempo de Jesus. São Paulo: Loyola, 1996.
MAIER, Johann. Entre os dois testamentos: História e religião na época dos Segundo Templo. São Paulo: Loyola, 2005.
MACHO, Alejandro Diez. Introduccion general a los apocrifos del Antiguo Testamento - Tomo I. Madrid, Ediciones Cristandad, 1984.
NOQUEIRA, Paulo Augusto de Souza. Religião de visionários: apocalíptica e misticismo no cristianismo primitivo. São Paulo: Loyola, 2005.
GABEL, John. B.; WHEELER, Charles B. A Bíblia como literatura. São Paulo: Loyola, 2003.

Notas:
[1] MACHO, Alejandro Diez. Introduccion general a los apocrifos del Antiguo Testamento - Tomo I , 1984, p. 39.
[2] Id. ibid., p.195.
[3] GRELOT, Pierre. Esperança judaica no tempo de Jesus. 1996, p. 90,91.


Crédito da imagem:
Tela de Luca Giordano
A queda dos anjos rebeldes (1666),
Museu artístico e histórico de Viena.

APÓCRIFOS DO ANTIGO TESTAMENTO

1. Introdução
Para Alejandro Diez, a literatura apócrifa pode ser entendida como “um conjunto de obras judaicas (ou, excepcionalmente, judaico-cristãs) escritas no período compreendido entre o ano 200 a.C. e 220 d.C., obras que se pretendem inspiradas [...], tendo como autor ou como interlocutor um personagem do Antigo Testamento[1]. Essas obras foram escritas em tempos difíceis para o judaísmo. Após a queda do império persa e a morte de Alexandre, os judeus foram subjugados pelos selêucidas. Antíoco Epifanes, rei dos selêucidas (Síria), queria helenizar os judeus e esse período foi marcado por perseguições e afrontas ao judaísmo. Dentre as medidas anti-judaicas tomadas por Antíoco, estão a proibição da circuncisão e da guarda do sábado. O anti-helenismo, o desejo de independência política e a purificação do judaísmo da influência pagã se tornaram intensas. Tudo isso culminou numa luta armada, liderada pelo sacerdote Matatias e seus filhos.

A literatura apócrifa do Antigo Testamento é bastante extensa e podemos dividi-la em duas partes. A primeira é composta por livros considerados espúrios pelo judaísmo, catolicismo e protestantismo (chamados de pseudepígrafos) e a segunda por livros aceitos como inspirados pela Igreja Católica. Os católicos os chamam dedeuterocanônicos (dêutero= segundo) porque a canonização definitiva desses livros pela Igreja Católica só foi feita em 1546 noConcílio de Trento. A relação de livros canonizados pelos católicos é composta por sete livros e dois acréscimos.

2. Deuterocanônicos católicos:
Tobias, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Judite, Baruque e I e II Macabeus, acréscimos ao livro de Daniel e Ester. Segue abaixo um breve resumo desses livros:

Tobias – O livro relata a saga de Tobias, filho de Tobit. Após o pai de Tobias perder todos os seus bens e ficar cego ao ter seus olhos atingidos pelo excremento de um pássaro, Tobias sai em busca de uma quantia em dinheiro devida a seu pai e da mão Sara, uma mulher que lhe havia sido prometida em casamento. Além da longa jornada, Tobias tem um outro desafio, já que sua pretendente é atormentada por um demônio chamado Asmodeu, que mata todos os seus pretendentes. Diante desse desafio, Tobias ora a Deus, que envia o anjo Rafael para ajudá-lo na tarefa.
No meio da jornada Tobias quase é devorado por um peixe, mas é salvo pelo anjo Rafael, que retira o fígado, o coração e o fel do peixe.Rafael lhe diz que o coração e o fígado do peixe seriam utilizados para expulsar Asmodeu e o fel curaria a cegueira de seu pai. Tobias recupera o dinheiro, expulsa Asmodeu e casa-se com Sara, herdando os seus bens. Ao retornar para sua casa, seu pai é curado de sua cegueira com o fel do peixe.

Sabedoria de Salomão – O livro possui pontos de contato com o livro de Provérbios e tem como tema central a busca pela Sabedoria. O autor insiste na doutrina da retribuição, onde os justos serão recompensados e os ímpios serão punidos. A redação do livro geralmente é situada entre os anos 130 a 50 a.C.

Eclesiástico – Também conhecido como Sirácida, por causa do nome do seu autor, “Jesus filho de Sirac, filho de Eleazar de Jerusalém” (50,27), o livro é, como a Sabedoria de Salomão, uma exaltação da sabedoria judaica. Diante da crescente influência da cultura grega o autor escreve sua obra, colocando-se na defesa dos valores religiosos e culturais do judaísmo, de sua concepção de Deus e do mundo. Para o autor, a Lei dada a Israel é superior ao pensamento grego, e nela se encerra a verdadeira sabedoria.

Judite – O livro conta a história de Judite, uma bela mulher israelita que seduz o chefe supremo do exército inimigo que tentava invadir a Judéia. Fazendo-se passar por traidora, Judite embriaga e engana o general Holofernes, cortando sua cabeça. Agora sem comando o exército assírio foge desesperado. O livro foi escrito em meados do século II a.C.

Baruque – Também conhecido como “Carta de Jeremias”, o livro é um pseudo-epígrafo, já que o autor se faz passar por Baruc, secretário do profeta Jeremias. Mas o livro foi escrito após o exílio, talvez no século II a.C. Após uma introdução histórica, que situa a redação do livro na Babilônia, cinco anos após a destruição de Jerusalém, o livro pode ser dividido em duas partes: 1) Uma confissão dos pecados e uma súplica, a serem feitas pelos israelitas diante de Deus; 2) Uma exortação sapiencial e um oráculo de restauração.

I Macabeus – Escrito originalmente em hebraico o livro narra a revolta do movimento macabaico contra a influência helenística: “Construíram então, em Jerusalém, uma praça de esportes, segundo os costumes das nações, restabeleceram seus prepúcios e renegaram a aliança sagrada” (1 Mc 1,14). O livro trata essencialmente do nacionalismo judaico e da guerra da independência.

II Macabeus – O segundo livro dos Macabeus descreve os acontecimentos compreendidos entre a inspeção de Heliodoro, sob Onias II, em cerca de 180, e a morte de Nicanor em 161. O livro deixa bem evidante sua intenção de legitimar o sacerdócio asmoneu. A influência do helenismo também é destacada no livro: “verificou-se, desse modo, tal ardor de helenismo e tão ampla difusão de costumes estrangeiros [...] que os próprios sacerdotes já não se mostravam interessados nas liturgias do altar. Antes, desprezando o Santuário e descuidando-se dos sacrifícios, corriam a tomar parte na iníqua distribuição de óleo no estádio, após o sinal do disco” (2 Mc 4,13a 14-15).

Acréscimos ao livro de Daniel – Há três acréscimos gregos feitos ao livro de Daniel: o Cântico de AzariasBel e o dragão e ahistória de Suzana.

primeira adição ao livro de Daniel encontra-se no capítulo 3 e tem como propósito descrever o que se passou com Ananias, Azarias e Misael (Sidrac, Misac e Abdnêgo) após serem lançados numa fornalha ardente.

segunda adição ao livro de Daniel encontra-se nos capítulos 12 e 13. Na história Daniel soluciona um caso envolvendo dois anciãos que tentaram violentar a bela Suzana.

terceiro e último acréscimo ao livro de Daniel é uma crítica à idolatria (cap. 14). Com sua astúcia, Daniel mostra ao rei que os ídolos não comiam as oferendas a ele dedicadas. Daniel desmascara os sacerdotes que as retiravam por uma porta secreta. Ao final da história o rei entrega o ídolo a Daniel que o destrói.

Acréscimos ao livro de Ester – Após ser avisado em sonho de uma conspiração para matar o rei e surpreender dois eunucos tramando o golpe, o judeu Mardoqueu faz uma denúncia ao monarca, que manda matar os dois homens. Mas por trás do plano estava Amã, um alto funcionário da corte, que querendo se vingar convence o rei a escrever uma carta ordenando a matança dos judeus. A bela rainha Ester, sabendo do ocorrido, se apresenta diante do rei e desmaia, fazendo-o mudar de idéia. Uma nova carta é escrita e Amã acaba enforcado por ordem do rei.


Nota:
[1] Tradução livre do autor. Texto original: “Por literatura apócrifa judía entendemos un conjunto de obras judías (ou, excepcionalmente, judeocristianas) escritas em el período compreendido entre el año 200 a.C. y el 220 d.C., obras pretendidamente inspiradas e referidas, ya sea como autor o como interlocutor a un personaje del Antiguo Testamento”. MACHO, Alejandro Diez. Introduccion general a los apocrifos del Antiguo Testamento - Tomo I. Madrid, Ediciones Cristandad, 1984, p.27.